Caso muito interessante publicado no Kidney360 ([link](https://journals.lww.com/kidney360/Fulltext/2022/06000/Painful_Leg_Ulcers_in_an_ESKD_Patient.26.aspx)), uma paciente de 76 anos em programa de hemodiálise evoluindo com quadro de úlceras dolorosas em membros inferiores na primeira semana de início de hemodiálise (figuras abaixo). Afastado quadro infeccioso e de doença arterial periférica. Paciente submetida à biópsia cutânea, sendo observados achados compatíveis com **Arteriolopatia Urêmica Calcificante**. Na imagem conseguimos ver a melhora após tratamento de suporte e início do Tiossulfato de Sódio. 
  
 A primeira imagem mostra múltiplas placas com livedo e ulcerações circunferenciais e escara necrótica aderida. A segunda imagem mostra evolução favorável 
 PONTOS IMPORTANTES PARA LEMBRAR 
 **Quais os principais fatores de risco?** sexo feminino, DM2, uso de varfarina e DRC dialítica. 
 **Quando pensar na biópsia cutânea?** por ser uma condição associada com elevada morbimortalidade temos que ter elevada vigilância clínica e baixo limiar para pensar nesta condição e proceder com biópsia de pele para ter o diagnóstico de forma rápida. 
 **O que não podemos esquecer no tratamento?** o principal é saber que é um tratamento multidisciplinar e com vários pontos importantes: 
 1. Cuidados locais com ferida 
 3. Suspensão da Varfarina, pode ser realizado troca para Apixabana 
 5. Otimização da dose de diálise, utilizar banho com baixa concentração de cálcio (2,5 mEq/l) 
 7. Evitar análogos vitamina D, suplemento de vitamina D ou quelantes a base de cálcio 
 9. Tratamento com Tiossulfato de Sódio (25g, IV, na última hora da diálise, três vezes por semana por tempo prolongado ~ 6 meses