Um homem de 72 anos com DRC terminal com necessidade de iniciar diálise contínua UTI apresentou efluente do dialisato e do plasma com coloração verde.
Antes da internação na UTI o paciente havia se apresentado ao pronto-socorro com perfuração gastrointestinal e foi submetido a laparotomia exploradora, identificado uma perfuração gástrica por adenocarcinoma gástrico até então desconhecido.
Uma solução de 40 ml de azul de metileno a 0,1% foi injetada no tecido ao redor do tumor gástrico para identificar os linfonodos que drenam a região. O tumor gástrico e 11 linfonodos foram posteriormente retirados.
No pós-operatório, o paciente foi internado na UTI para tratamento de choque séptico. Quatro horas após o início da terapia dialítica contínua, a cor verde foi observada no efluente da diálise (Painel A) e no plasma (Painel B). Foi feito diagnóstico de descoloração líquida devido ao uso intraoperatório de azul de metileno.
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O azul de metileno pode descolorir a pele ou os fluidos corporais como um efeito colateral benigno de seu uso. Vinte e quatro horas após o início da terapia de substituição renal contínua, a coloração verde havia diminuído. Após internação hospitalar de 1 mês, o paciente recebeu alta para casa. Posteriormente, foi iniciada imunoterapia para tratamento de metástases hepáticas.
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