As infecções de cistos continuam sendo uma das complicações mais desafiadoras da Doença Renal Policística Autossômica Dominante (DRPAD).
O novo fluxograma da KDIGO 2025 (**[link](https://kdigo.org/wp-content/uploads/2025/01/KDIGO-2025-ADPKD-Guideline.pdf)**) ajuda a estruturar o diagnóstico e a condução desses casos, reconhecendo que, muitas vezes, os achados clínicos e de imagem se sobrepõem a outras causas de dor ou febre.
**📌 Quando suspeitar:**
Pacientes com DRPAD que apresentam febre, dor abdominal ou lombar aguda, elevação de leucócitos e/ou PCR devem ser investigados para infecção de cistos renais.
A presença de dor à palpação renal, piúria ou uro/bacteremia positiva reforça a suspeita clínica.
**🔍 Como investigar:**
TC ou RM com contraste podem identificar novo cisto complexo, mas geralmente não diferenciam sangue de pus no interior do cisto.
Achados como realce de parede, espessamento, gás intralesional ou alterações inflamatórias pericísticas aumentam a probabilidade de infecção.
Punção aspirativa pode ser considerada para confirmação diagnóstica e cultura dirigida.
💡 E quando o diagnóstico permanece incerto?
O 18F-FDG PET/CT surge como ferramenta de maior especificidade, útil para localizar o(s) cisto(s) infectado(s) e definir o alvo da punção.
Entretanto, a KDIGO ressalta que o PET/CT não deve ser exame de rotina, devendo ser reservado para casos selecionados, quando os métodos convencionais não esclarecem o diagnóstico.
🧠 O fluxograma da KDIGO 2025 reflete consenso internacional de especialistas em doenças renais e hepáticas policísticas, destacando as características de imagem mais úteis para diferenciação e tomada de decisão.

📚 Na série de casos da imagem abaixo (**[link](https://link.springer.com/article/10.1007/s40336-017-0261-8)**), é possível ver como o PET/CT-FDG orienta a conduta e modifica o manejo em infecções renais e hepáticas na DRPAD.

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